diga-me, você, quem sou
defenda sua arte
mostre-me o teu gosto
liberta esse sorriso
rasga e grita
quero ver tua alma
29.11.05
De : híbrida de chá
Enviado: quarta-feira, 23 de novembro de 2005 19:20:58
Para: Tatiana M.
Assunto: capítulo final
...
É apenas um título. O título de um e-mail(secXXI) da vida REAL!!!
Talvez represente sim, um FIM. O fim de noites tórridas de sexo, paixão, e porque não?... Amor.
O fim de situações mal-resolvidas, mentiras e choros incontroláveis.
De abismos e signos incompatíveis.
...
Enviado: quarta-feira, 23 de novembro de 2005 19:20:58
Para: Tatiana M.
Assunto: capítulo final
...
É apenas um título. O título de um e-mail(secXXI) da vida REAL!!!
Talvez represente sim, um FIM. O fim de noites tórridas de sexo, paixão, e porque não?... Amor.
O fim de situações mal-resolvidas, mentiras e choros incontroláveis.
De abismos e signos incompatíveis.
...
26.11.05
sábado a noite...
...
"...Come all ye lost
Dive into moss
I hope that my sanity covers the cost
To remove the stain of my love
Paper mach?
Come all ye reborn
Blow off my horn
I'm driving real hard
THIS IS LOVE, THIS IS PORN
God will forgive me
But I, I whip myself with SCORN, SCORN
I wanna hear what you have to say about me
Hear if you're gonna live without me
I wanna hear what you want
I remember december
And I wanna hear what you have to say about me
Hear if you're gonna live without me
I wanna hear what you want
What the hell do you want?..."
(I remember)
21.11.05
me sinto uma velha, uma velha pirrónica. já me acho bem pirrónica. então não me chame de dramática. não queira tirar toda essa melancolia de mim. por quê, você quer tirar isso de mim também? agora eu quero os dogmas errados, as falsas transcendências. agora eu só quero saber de promiscuidade e álcool. talvez aí eu pare de me apaixonar por cérebros, por pessoas que escrevem corretamente, por pessoas boas mas que também maculam. é provável que eu queira essa minha ignorância pra sempre. nunca me achei boa o suficiente, mas se eu fosse boa o suficiente, quem eu seria?
eu vou deixar de ser viadinha, ah vou!
eu vou deixar de ser viadinha, ah vou!
14.11.05
Eu sei, eu sei. Vim aqui porque aqui não tenho história, não sou ninguém.
Deite e role na cama em que afundamos, meu bem. Minha mão é sua.
Tenho apenas algumas fatias de choros partidos, fibras quebradas como um plástico derretido. Por vezes, meus olhos se enchem de àgua, e eu desejo só mais uma vez sentir o seu desejo por mim.
Na ausência dos meus olhos, te acho. Penso no sentimento de imaginar a distância de nossas bocas. Apenas acho, e esse achar se torna angústia.
Não diga que o poema é feio, que sou melosa.
Sei que é um engano, mas, permita-me.
Deitada, busco tua língua na minha. Dedos na alma.
Covinhas ao lado do sorriso. Pele.
Somos duas nesse barco, somos nossos umbigos ao vento.
Não entenda. Não entendo. Não pense. Não tente. Poesia? Pra quê? Não precisa. Não comece. E tem mais. Não valho nada.
...
Whatever makes you happy
Whatever you want
You're so fuckin` special
I wish I was special
I don't belong here
...
Deite e role na cama em que afundamos, meu bem. Minha mão é sua.
Tenho apenas algumas fatias de choros partidos, fibras quebradas como um plástico derretido. Por vezes, meus olhos se enchem de àgua, e eu desejo só mais uma vez sentir o seu desejo por mim.
Na ausência dos meus olhos, te acho. Penso no sentimento de imaginar a distância de nossas bocas. Apenas acho, e esse achar se torna angústia.
Não diga que o poema é feio, que sou melosa.
Sei que é um engano, mas, permita-me.
Deitada, busco tua língua na minha. Dedos na alma.
Covinhas ao lado do sorriso. Pele.
Somos duas nesse barco, somos nossos umbigos ao vento.
Não entenda. Não entendo. Não pense. Não tente. Poesia? Pra quê? Não precisa. Não comece. E tem mais. Não valho nada.
...
Whatever makes you happy
Whatever you want
You're so fuckin` special
I wish I was special
I don't belong here
...
12.11.05
criar.
e quem disse que isso ou aquilo precisa ser do jeito que todo o mundinho pensa? estou bêbada! mas bêbada percebo que és o céu da minha boca. que durmo na tua calçada. me espera, só assim serei o teu cabelo, o teu ventre. o teu aborto. deita aqui nessa calçada comigo. habita, por favor, esse mundo que eu vivo. percebes que a minha boca lateja? e tú, não sobremesa do meu paladar? enxerga essa alma sebosa que te apura. faz sexo com esse ser que te procura.
chupa essa minha alma.
és minha, idiota!
percebes?
bêbada também estais, porque estais a me ninar, pureza do meu estar. fica comigo. amante do meu abismo. não faz esse cú doce. o cú eu não dou. aviso-te. espera-me.
sou tua. pra sempre. tua. sempre.
e quem disse que isso ou aquilo precisa ser do jeito que todo o mundinho pensa? estou bêbada! mas bêbada percebo que és o céu da minha boca. que durmo na tua calçada. me espera, só assim serei o teu cabelo, o teu ventre. o teu aborto. deita aqui nessa calçada comigo. habita, por favor, esse mundo que eu vivo. percebes que a minha boca lateja? e tú, não sobremesa do meu paladar? enxerga essa alma sebosa que te apura. faz sexo com esse ser que te procura.
chupa essa minha alma.
és minha, idiota!
percebes?
bêbada também estais, porque estais a me ninar, pureza do meu estar. fica comigo. amante do meu abismo. não faz esse cú doce. o cú eu não dou. aviso-te. espera-me.
sou tua. pra sempre. tua. sempre.
9.11.05
A mágoa invade meu crânio e enche meus olhos, meu corpo. Questões morais não fazem mais sentido, e eu só preciso dormir.
Pisar sem ver o chão.
Segurar meus cabelos e continuar.
Enfrentar a areia e seguir.
A esse ponto, tudo parece comigo. Eu mesma estranho.
Eu mesma estranho meus brincos, meu perfume, minhas saias. Estranho meus pés.
Eu mesma junto meus entulhos, moldo as minhas frases.
E eu decidi que vou jogar tudo fora. Só assim terei silêncio, ao menos dentro de mim. O vazio que eu tanto gosto.
A menina é só uma risada gostosa. Insistente. Emitindo sensações de medo e dor. Doçura. Um lençol. Uma cortina.
Os meus lábios cortados, o cartão do banco perdido.
O meu quarto claro.
As roupas pelo chão.
O quadro, a estrada, as árvores...
A minha vontade é rasgar essa pele que me cobre, para que meu espírito se liberte desse corpo tão pequeno, onde não cabem as minhas tão inúmeras idéias!
Pisar sem ver o chão.
Segurar meus cabelos e continuar.
Enfrentar a areia e seguir.
A esse ponto, tudo parece comigo. Eu mesma estranho.
Eu mesma estranho meus brincos, meu perfume, minhas saias. Estranho meus pés.
Eu mesma junto meus entulhos, moldo as minhas frases.
E eu decidi que vou jogar tudo fora. Só assim terei silêncio, ao menos dentro de mim. O vazio que eu tanto gosto.
A menina é só uma risada gostosa. Insistente. Emitindo sensações de medo e dor. Doçura. Um lençol. Uma cortina.
Os meus lábios cortados, o cartão do banco perdido.
O meu quarto claro.
As roupas pelo chão.
O quadro, a estrada, as árvores...
A minha vontade é rasgar essa pele que me cobre, para que meu espírito se liberte desse corpo tão pequeno, onde não cabem as minhas tão inúmeras idéias!
19.10.05
ah é...
eu já traí
eu já magoei
já fui safada
eu já senti atração por outra pessoa, mesmo namorando
eu já menti
eu já iludi
fiquei com alguém pra magoar outra pessoa
já fiz sexo dizendo que era amor, e amor achando que era sexo!
...e, com isso, segundo algumas pessoas que eu não conheço, mas que também acham, eu sou um monstro. tsc.
portanto, mundinho hipócrita de gente hipócrita, parabéns para vocês que são perfeitos e que nunca fizeram esse tipo de coisa.
nunca.
ninguém.
never.
eu já traí
eu já magoei
já fui safada
eu já senti atração por outra pessoa, mesmo namorando
eu já menti
eu já iludi
fiquei com alguém pra magoar outra pessoa
já fiz sexo dizendo que era amor, e amor achando que era sexo!
...e, com isso, segundo algumas pessoas que eu não conheço, mas que também acham, eu sou um monstro. tsc.
portanto, mundinho hipócrita de gente hipócrita, parabéns para vocês que são perfeitos e que nunca fizeram esse tipo de coisa.
nunca.
ninguém.
never.
13.10.05
Às vezes...
A minha vida é como uma novela surreal. Uma garota onírica e o relato de um estranho ser que reside em minha mente.
Os momentos em que me sinto sozinha, mesmo rodeada por várias pessoas.
Minha história de amor com Tereza.
Minha borboleta psiquê, sustentando flores mortas.
Meu choro, que tento esconder mesmo que impiedosamente...
Só às vezes.
Um corpo, uma alma, uma boca, um sorriso, uma deliciosa taça de vinho sendo derramada em meus cabelos.
Só às vezes.
A minha vida é como uma novela surreal. Uma garota onírica e o relato de um estranho ser que reside em minha mente.
Os momentos em que me sinto sozinha, mesmo rodeada por várias pessoas.
Minha história de amor com Tereza.
Minha borboleta psiquê, sustentando flores mortas.
Meu choro, que tento esconder mesmo que impiedosamente...
Só às vezes.
Um corpo, uma alma, uma boca, um sorriso, uma deliciosa taça de vinho sendo derramada em meus cabelos.
Só às vezes.
29.9.05
Acontece que dentro de toda essa minha descoordenação, tem sempre de existir coerência, compreende? Se certas verdades óbvias fossem admitidas de uma vez por todas, não se precisaria disso. Se não queres, não queres.
E eu queria tanto não me importar. Mas acontece que me importo.
Quanta hipocrisia!
Às vezes é tão ridículo e estúpido ter um pedaço de ontem no hoje. A gente até se esforça para pensar que as coisas são diferentes, mas algumas não mudam nunca. Já desisti de combater isso há muito tempo, é mais cômodo de que dedicar a vida a tentar vencer uma neurose idiota!
É cruel escutar uma mulher dizer: meu negócio é homem, meu bem. Tolas. As mulheres gostam, sim, de mulheres. Umas mais, outras menos. Mas gostam.
Aceito suas preferências, mas não me venha com exclusividades.
E fiquei nervosa.
E eu queria tanto não me importar. Mas acontece que me importo.
Quanta hipocrisia!
Às vezes é tão ridículo e estúpido ter um pedaço de ontem no hoje. A gente até se esforça para pensar que as coisas são diferentes, mas algumas não mudam nunca. Já desisti de combater isso há muito tempo, é mais cômodo de que dedicar a vida a tentar vencer uma neurose idiota!
É cruel escutar uma mulher dizer: meu negócio é homem, meu bem. Tolas. As mulheres gostam, sim, de mulheres. Umas mais, outras menos. Mas gostam.
Aceito suas preferências, mas não me venha com exclusividades.
E fiquei nervosa.
25.9.05
E depois de alguns bons Dvd`s do Nando, Marisa e Madonna(show das antigas), eu tive que ir. Tínha mesmo que ir embora, era muito tarde. Exatamente aquela hora em que não há ninguém pelos cantos, só as luzes apagadas.
E tudo parecia passar muito devagar, mas era só o bom e velho álcool misturado ao meu sangue. Um intervalo de tempo entre duas coisas importantes e eu preciso agir logo. Caminhar rapidipamente.
Não está frio, nem tenho medo. Apenas penso no que tenho feito e no que preciso fazer.
E não é tempo de nada. Na verdade, nunca é tempo de andar em lugares escuros, sozinha, e na maior parte do tempo, recebendo olhares estranhos e sendo ignorada.
Perdida, penso em tirar a roupa e andar nua, por aí.
Fazer certezas e sorrir para o azar.
Ensaiar sorrisos e planejar abraços.
Talvez seja a hora de colocar em prática toda a minha frustração acumulada. Talvez seja a hora de me importar um pouco mais com o frio e com o porre. Visualizar minha cama quentinha, ou o resto de noite que ainda me sobra, que provavelmente passarei acordada, ouvindo Billie Holiday, talvez chorando, você nunca vai saber.
E tudo parecia passar muito devagar, mas era só o bom e velho álcool misturado ao meu sangue. Um intervalo de tempo entre duas coisas importantes e eu preciso agir logo. Caminhar rapidipamente.
Não está frio, nem tenho medo. Apenas penso no que tenho feito e no que preciso fazer.
E não é tempo de nada. Na verdade, nunca é tempo de andar em lugares escuros, sozinha, e na maior parte do tempo, recebendo olhares estranhos e sendo ignorada.
Perdida, penso em tirar a roupa e andar nua, por aí.
Fazer certezas e sorrir para o azar.
Ensaiar sorrisos e planejar abraços.
Talvez seja a hora de colocar em prática toda a minha frustração acumulada. Talvez seja a hora de me importar um pouco mais com o frio e com o porre. Visualizar minha cama quentinha, ou o resto de noite que ainda me sobra, que provavelmente passarei acordada, ouvindo Billie Holiday, talvez chorando, você nunca vai saber.
16.9.05
surpresa em vê-la, é claro. ela some, desaparece durante alguns dias, sempre esquece os brincos, o número do meu telefone, uma garrafa de vodka e o copo pelo chão. é sempre assim, e agora, mais do que nunca. o que você quer de mim? eu pergunto. eu quero o que sempre quis. olha nos meus olhos e diz o que você quer de mim, sua estúpida infantil! voltei porque esqueci meus brincos, você sabe. é, eu sei, você tem razão, pegue seus brincos, sua garrafa de vodka e adeus. depois de tudo que passou, melhor que ela leve mesmo o que sobrou e não me deixe nada. nada. nada. nós nunca fomos um casal. nunca sabíamos o que responder a quem uma hora ou outra insistia em perguntar 'e aí, vocês?'. quase. ela pode até levar os brincos esquecidos e a garrafa de vodka, mas vou sentir sua presença aqui o tempo todo, porque tenho me sentido extremamente só ultimamente. ando me machucando com coisas pequenas, mesmo que não demonstre. ando brigando com o espelho, mesmo não achando assim tão importante a imagem refletida. e todo esse tempo não significa nada. eu tenho um sentimento particular de não-sei-o-quê-la para com ela, e sei que é recíproco, por isso conseguímos fazer a mesma coisa de sempre, sexo sem culpa. e eu sei, algo dentro de mim grita alto que pela manhã me sentirei vazia. então é isso. a gente se vê, tchau. por que você sempre diz essas coisas, a gente se vê? do que você está rindo? você sabe, isso não é tchau a gente se vê porque amanhã vai acontecer novamente. você é viciada em relações malditas. é, eu sei. fica.
15.9.05
Na verdade eu não sei bem o tempo certo em que isso tudo começou.
Faz muito tempo, tanto tempo que minha memória não alcança. E sempre foi assim. Era justamente por isso que eu ía nas praçinhas andar de bicicleta, dando voltas e voltas e mais voltas, sempre no mesmo lugar. Até ficar tonta. Chegava em casa e nunca dormia. Ficava sempre olhando pro teto. Acordava muito cedo e ía pra escola desenhar desenhar e desenhar.
Então eu fiz 14 anos, parei com meus sonhos patéticos, comprei alguns cds de rock e tomei meu primeiro porre.
Faz muito tempo, tanto tempo que minha memória não alcança. E sempre foi assim. Era justamente por isso que eu ía nas praçinhas andar de bicicleta, dando voltas e voltas e mais voltas, sempre no mesmo lugar. Até ficar tonta. Chegava em casa e nunca dormia. Ficava sempre olhando pro teto. Acordava muito cedo e ía pra escola desenhar desenhar e desenhar.
Então eu fiz 14 anos, parei com meus sonhos patéticos, comprei alguns cds de rock e tomei meu primeiro porre.
12.9.05
Abro a porta e encontro. Sabia que eu estava lá, sabia que aquela era a minha casa.
Então eu vejo, em pé, com aquele olhar desafiador que antes me deixava louca e hoje também, mas de maneira absolutamente diferente.
Eu sabia que não podia, mas mesmo assim, disse: entra!
Eu acho engraçado o modo como, num estado profundo de embriaguez, anda pelo meu quarto sem roupa e pede, mesmo sabendo que eu não gosto 'aumenta ou muda esse cd'.
Adorei seu cabelo novo, eu disse. Ah, quer dizer que você gostou do meu cabelo novo? E eu perguntava quantas vezes teria que dizer aquilo. Quantas vezes eu precisar ouvir, disse. Nós ríamos e eu entendia. Porque sim, fazia parte da maior parte da minha vida. Estávamos sempre a repetir: 'você precisa crescer!'.
Sexo era bom e diferente, mas sabíamos que ia acabar, o que poderíamos esperar, nós não iríamos casar!
Prendendo meus braços contra o colchão, em cima de mim, queria saber se eu sentia saudades. Diga que sente saudades de mim, dizia. E eu ria e dizia que sim, que eu sentia. Mesmo não querendo dizer, mesmo pensando em outra coisa, mesmo assim não poderia não sentir, e sabe por quê? Porque você, meu bem, é a pessoa que eu mais odeio no mundo.
Então eu vejo, em pé, com aquele olhar desafiador que antes me deixava louca e hoje também, mas de maneira absolutamente diferente.
Eu sabia que não podia, mas mesmo assim, disse: entra!
Eu acho engraçado o modo como, num estado profundo de embriaguez, anda pelo meu quarto sem roupa e pede, mesmo sabendo que eu não gosto 'aumenta ou muda esse cd'.
Adorei seu cabelo novo, eu disse. Ah, quer dizer que você gostou do meu cabelo novo? E eu perguntava quantas vezes teria que dizer aquilo. Quantas vezes eu precisar ouvir, disse. Nós ríamos e eu entendia. Porque sim, fazia parte da maior parte da minha vida. Estávamos sempre a repetir: 'você precisa crescer!'.
Sexo era bom e diferente, mas sabíamos que ia acabar, o que poderíamos esperar, nós não iríamos casar!
Prendendo meus braços contra o colchão, em cima de mim, queria saber se eu sentia saudades. Diga que sente saudades de mim, dizia. E eu ria e dizia que sim, que eu sentia. Mesmo não querendo dizer, mesmo pensando em outra coisa, mesmo assim não poderia não sentir, e sabe por quê? Porque você, meu bem, é a pessoa que eu mais odeio no mundo.
7.9.05
É assim porque tem que ser, porque quando vem tudo de uma vez fica difícil pensar antes, são impulsos, estímulos. Você bebe tudo de uma vez, vai lá e faz. Você atravessa o bar só pra falar com a criatura que está lá, do outro lado. Sem pensar. Sem pensar se daqui a dez minutos você vai estar arrependida de ter feito ou mesmo na pista dançando um RockTrash. Você engole rápido, vai lá e fala, porque é isso que você quer, segurar a mão e ver de perto aqueles olhos.
É uma lógica interna na qual eu vejo todos os sentidos.
A ressaca sempre vem, a maldita ressaca. Só minha.
É uma lógica interna na qual eu vejo todos os sentidos.
A ressaca sempre vem, a maldita ressaca. Só minha.
6.9.05
Quando acontece de estar na tpm, choro muito ouvindo as músicas dos Beatles, por exemplo. Nenhuma mulher deveria fazer isso, nenhuma. Ou talvez sim, talvez é exatamente o que toda mulher deveria fazer. Eu não tenho muita certeza, aliás, acho que nunca tive, e agora eu sei disso, que bom. Eu sabia que aquela noite iria ser um desastre total, mas o que acontece é que desde que decidi não mais me dar ouvidos, tenho me fudido bastante, cada vez mais. É viver de impulsos. É ouvir e tentar entender, mesmo depois que já passou.
E é por isso que eu encho a cara e pergunto para os desconhecidos que dão atenção aos bêbados em geral, mas a resposta nunca me é suficiente. Estou sempre a negar o óbvio, e isso me faz bem.
Algumas coisas até parecem ter saído de algum romance barato dessas bancas de revista.
É literatura ruim mesmo, e eu não me importo... "Seus olhos são tão lindos"."Não deveria, mas acho que estou mesmo gostando de você".
E é aí que percebo que os clichês existem, porque eles realmente acontecem.
Então a gente chora ouvindo músicas, e fica acordado a noite inteira pensando no que vai dizer, ou no que deveria ter dito. A gente fala demais, dá escandalo, fica bêbado, e entende que às vezes as pessoas que amamos podem nunca, nunca mesmo, nos amar de volta.
Agora foda-se. No final eu sempre penso que deveria muito, muito mesmo, agradecer a todas as pessoas que partiram meu coração. Porque sim, elas me fazem entender The Beatles.
E é por isso que eu encho a cara e pergunto para os desconhecidos que dão atenção aos bêbados em geral, mas a resposta nunca me é suficiente. Estou sempre a negar o óbvio, e isso me faz bem.
Algumas coisas até parecem ter saído de algum romance barato dessas bancas de revista.
É literatura ruim mesmo, e eu não me importo... "Seus olhos são tão lindos"."Não deveria, mas acho que estou mesmo gostando de você".
E é aí que percebo que os clichês existem, porque eles realmente acontecem.
Então a gente chora ouvindo músicas, e fica acordado a noite inteira pensando no que vai dizer, ou no que deveria ter dito. A gente fala demais, dá escandalo, fica bêbado, e entende que às vezes as pessoas que amamos podem nunca, nunca mesmo, nos amar de volta.
Agora foda-se. No final eu sempre penso que deveria muito, muito mesmo, agradecer a todas as pessoas que partiram meu coração. Porque sim, elas me fazem entender The Beatles.
3.9.05
Não, eu não quero me esconder. Na verdade, eu só preciso escrever. Hoje as minhas idéias estão tão dispersas.
Estive pensando um pouco, mas não o suficiente. Não. Não estive pensando em coisa alguma.
Eu não gosto de falar muito, mas tenho a impressão de quanto menos falo, mais exposta eu estou. É foda. Eu tava pensando que se conseguíssemos voltar, eu adoraria morrer de vez em quando. Como isso não acontece, só me resta dormir. E assim eu tenho tido muito sono. Mas nem tudo é cansaço.
Talvez eu saiba o que fazer, pode ser diferente dessa vez. Mas não vai ser. Por mais que eu jure que será quem me fará perder a respiração - e faz - vai passar. Quando fala comigo, olha pra mim (tem olhos lindos, que merda), enquanto eu tento parecer séria.
São criaturas legais, namoram. Devem ver bons filmes e jogar xadrez, discutir a relação e nunca trepar.
Ninguém mais quer uma garota má. Eu não sou tão ruim assim. As garotas boas, estas sim estão comprometidas. Eu não quero ser uma garota boa, sabe.
Apenas uma distração do que sinto. Só. Idiota.
Tinha algumas coisas que eu queria dizer mas não disse, talvez nunca diga, não sei. Algumas coisas eu não saberia dizer. Ter noção disso é foda. É foda.
É tudo que eu consigo dizer, talvez você entenda.
Ps: trepar. achou forte? Ah, esqueci, ninguém faz isso!
Estive pensando um pouco, mas não o suficiente. Não. Não estive pensando em coisa alguma.
Eu não gosto de falar muito, mas tenho a impressão de quanto menos falo, mais exposta eu estou. É foda. Eu tava pensando que se conseguíssemos voltar, eu adoraria morrer de vez em quando. Como isso não acontece, só me resta dormir. E assim eu tenho tido muito sono. Mas nem tudo é cansaço.
Talvez eu saiba o que fazer, pode ser diferente dessa vez. Mas não vai ser. Por mais que eu jure que será quem me fará perder a respiração - e faz - vai passar. Quando fala comigo, olha pra mim (tem olhos lindos, que merda), enquanto eu tento parecer séria.
São criaturas legais, namoram. Devem ver bons filmes e jogar xadrez, discutir a relação e nunca trepar.
Ninguém mais quer uma garota má. Eu não sou tão ruim assim. As garotas boas, estas sim estão comprometidas. Eu não quero ser uma garota boa, sabe.
Apenas uma distração do que sinto. Só. Idiota.
Tinha algumas coisas que eu queria dizer mas não disse, talvez nunca diga, não sei. Algumas coisas eu não saberia dizer. Ter noção disso é foda. É foda.
É tudo que eu consigo dizer, talvez você entenda.
Ps: trepar. achou forte? Ah, esqueci, ninguém faz isso!
29.8.05
Eu conheci.
Na verdade, me apresentaram. Essa coisa de apresentar nunca dá muito certo.
Chegamos a conversar um pouquinho e jogamos muito papo pro ar, mas tava muito chato.
Você nota quando a coisa não engrena!
Na falta do que dizer, disse:
- Ééérr, não nos demos muito bem, né?
- Em que sentido?
- No tênis. Suas bolas ficam sempre na rede, Gustavo Kuerten.
Na verdade, me apresentaram. Essa coisa de apresentar nunca dá muito certo.
Chegamos a conversar um pouquinho e jogamos muito papo pro ar, mas tava muito chato.
Você nota quando a coisa não engrena!
Na falta do que dizer, disse:
- Ééérr, não nos demos muito bem, né?
- Em que sentido?
- No tênis. Suas bolas ficam sempre na rede, Gustavo Kuerten.
28.8.05

Hoje, depois de surtar várias vezes durante o meu sono, acordei às 4 da manhã e pensei muito nesse papo de Adão e Eva que corre solto por aí desde que o mundo é mundo.
E, me ocorreu o seguinte pensamento, que eu acho que seja muito válido: teoricamente, Deus colocou Adão juntinho com Eva num tal de paraíso, certo? Certo. E disse-lhes: - Crescei e multiplicai-vos.
E então surgio toda a população do planeta terra, certo? Certo!
Até aí tudo bem...
Porém, para haver multiplicação, como Deus quis, teria que haver incesto entre os filhos de Adão e a srta. Eva.
E até onde eu sei, incesto é crime perante as leis de Deus. Todo mundo sabe, não sabe? Sabe!
Sendo assim, estamos conversados!
24.8.05
Meus desejos são de mulher, mas meu coração será sempre de menina. Nos atalhos encontrarei saídas, embora seja nos desvios que estejam meus descaminhos. As retas paralelas vão se cruzar no infinito ou a qualquer momento.
Não sei porque, mas sempre me perco. Não sei seguir as pegadas que deixei. Entre palavras, suspiros, entre pausas e interrogações. Desandar, retroceder, voltar. Pintei as paredes de preto e agora deixo meu cabelo crescer. Talvez um pouco de adrenalina, agora que minhas pretensões são postas a prova...
Estou pensando na vida mariabethaniamente, meus Nelsons ainda são Rodrigues e as minhas Cecílias, prefiro que continuem Meireles.
Quero mesmo é um Machado de Assis para quebrar a cara de alguns que estão a minha frente.
Não sei porque, mas sempre me perco. Não sei seguir as pegadas que deixei. Entre palavras, suspiros, entre pausas e interrogações. Desandar, retroceder, voltar. Pintei as paredes de preto e agora deixo meu cabelo crescer. Talvez um pouco de adrenalina, agora que minhas pretensões são postas a prova...
Estou pensando na vida mariabethaniamente, meus Nelsons ainda são Rodrigues e as minhas Cecílias, prefiro que continuem Meireles.
Quero mesmo é um Machado de Assis para quebrar a cara de alguns que estão a minha frente.
22.8.05
19.8.05
Um dia desses eu estava num bar e ouvi um pedaço de uma música que eu gosto, Pra dizer adeus. É cedo, ou tarde demais, pra dizer adeus, pra dizer jamais... O assunto Titãs ficou martelando na minha cabeça. Uma pessoa me acusou de ser uma dessas que são contra o modismo. Rapidamente respondi que isso era um absurdo, que eu odeio Titãs.
Tá bom, vai. Não é para tanto. Eu não odeio Titãs. De fato, nunca fui adoradora. Só não tenho nenhum CD deles, assim como de muitas outras bandas de que gosto.
No colégio, as músicas eram como verdadeiros hinos, minhas amigas adoravam. Nas diversas festas que organizávamos só tocava Titãs. Não é exagero. Imagina você estar em uma festa e só tocar músicas de uma mesma banda a noite inteira!
Alguns anos depois, passei a paquerar com uma certa pessoa. Era alguém até muito legal. Eu ía viajar e a criatura resolve me presentear com um CD, o trato era abrir assim que partisse. Que interessante, eu achei.
Meu diskman estava sem pilhas e eu comprei muitas pilhas novas, empolgadíssima com meu novo presente. Paguei uma nota por elas. Assim que me acomodei, a ânsia era descobrir qual era meu novo brinquedinho...
Era uma coletânea com as músicas dos Titãs. Oitenta minutos de Titãs. E eu não tínha levado nenhum outro CD.
É claro que eu só poderia dizer que odeio Titãs.
Tá bom, vai. Não é para tanto. Eu não odeio Titãs. De fato, nunca fui adoradora. Só não tenho nenhum CD deles, assim como de muitas outras bandas de que gosto.
No colégio, as músicas eram como verdadeiros hinos, minhas amigas adoravam. Nas diversas festas que organizávamos só tocava Titãs. Não é exagero. Imagina você estar em uma festa e só tocar músicas de uma mesma banda a noite inteira!
Alguns anos depois, passei a paquerar com uma certa pessoa. Era alguém até muito legal. Eu ía viajar e a criatura resolve me presentear com um CD, o trato era abrir assim que partisse. Que interessante, eu achei.
Meu diskman estava sem pilhas e eu comprei muitas pilhas novas, empolgadíssima com meu novo presente. Paguei uma nota por elas. Assim que me acomodei, a ânsia era descobrir qual era meu novo brinquedinho...
Era uma coletânea com as músicas dos Titãs. Oitenta minutos de Titãs. E eu não tínha levado nenhum outro CD.
É claro que eu só poderia dizer que odeio Titãs.
15.8.05
Legal é muito vago, eu sei.
Mas tudo bem, é assim mesmo. Geralmente eu não consigo acompanhar e tem muita gente por aí que consegue. A culpa não é de ninguém, claro. Todo mundo é tão carente...
Mas oh: '-oi, eu estou aqui, não vou desaparecer.'
Fico aqui sentada esperando você me olhar.
Tem muita gente nesse mundo e '-oi, eu me apaixonei, ah, me apaixonei.' Mas como dizia, tem muita gente nesse mundo e sim, é aí que eu me anulo.
Mas tudo bem, é assim mesmo. Geralmente eu não consigo acompanhar e tem muita gente por aí que consegue. A culpa não é de ninguém, claro. Todo mundo é tão carente...
Mas oh: '-oi, eu estou aqui, não vou desaparecer.'
Fico aqui sentada esperando você me olhar.
Tem muita gente nesse mundo e '-oi, eu me apaixonei, ah, me apaixonei.' Mas como dizia, tem muita gente nesse mundo e sim, é aí que eu me anulo.
12.8.05
29.7.05

Sim, eu sempre sei. Minha intuição não é das piores.
Entre burritos e tequila, dias de muita sede.
O passado são sombras em movimento, paradas, esperando, esquecendo...
Penso na presença.
Passado é oi e tchau. Sem previsões de um futuro, pois estou muito ocupada tratando de escolher o agora. E, pensando no que chamam por aí de livre-arbítrio, fico com o livre e dispenso o arbítrio..
Não dá para livrar-se das interrogações.
E, sendo a vida um paradoxo, elas aparecem bem no momento da mais deliciosa certeza. Que delícia!
21.6.05
Quando eu era criança... (Parte II)
... escutava:
-Jamais aponte o dedo para uma estrela, irão nascer [verrugas] em você.
E eu não apontava nunca, odiava as tais ‘verrugas’!
Havia um quintal enorme na minha casa e, por assistir, na época, alguns filmes de terror, eu acreditava piamente que alguma coisa havia ali enterrado, algum segredo, corpos, peças indígenas ou mesmo um homem de Neandertal.
Era muito comum, na meninice, berrar um belo “imbecil” na cara dos coleguinhas inimigos. Minha mente nunca barrou os nomes feios, e lá ia eu disparar um “vá se f*...” por qualquer motivo. (as coisas não mudaram muito!).
Quando eu era criança, morria de assistir Chaves e adorava imitar o choro da Chiquinha (uéé uéé uéé uéé, junto com os braçinhos... imitação completa), do chaves (piii pi pi pi pi pi pi pi pi pi), e do kiko (arrrrruuuuuuu).
-Vamos tesouro, não se misure com essa gentalha!
-Gentalha, gentalha! Prffuuu!
Eu achava que Popeye, Luluzinha, Alice e Pinocchio existiam mesmo.
Na minha concepção de mundo, criança só é criança se um dia ficou dentro do carro contando os postes lá fora, a tinta no asfalto ou fazendo caretas pelo vidro para os motoristas do carro de trás.
Eu me divertia muito fazendo isso!
Eu adorava me meter na cozinha, inventando receitas.
Uma vez, resolvi que faria um bolo, coisa de cinema! O bolo, claro, não prestou!
Solução criada? ENTERRAR! Enterrei o bolo no quintal.
Depois a preocupação foi apenas uma: se nascer um pé de bolo minha mãe vai descobrir e eu estarei frita!!!
Imaginação, eis o diferencial.
-Jamais aponte o dedo para uma estrela, irão nascer [verrugas] em você.
E eu não apontava nunca, odiava as tais ‘verrugas’!
Havia um quintal enorme na minha casa e, por assistir, na época, alguns filmes de terror, eu acreditava piamente que alguma coisa havia ali enterrado, algum segredo, corpos, peças indígenas ou mesmo um homem de Neandertal.
Era muito comum, na meninice, berrar um belo “imbecil” na cara dos coleguinhas inimigos. Minha mente nunca barrou os nomes feios, e lá ia eu disparar um “vá se f*...” por qualquer motivo. (as coisas não mudaram muito!).
Quando eu era criança, morria de assistir Chaves e adorava imitar o choro da Chiquinha (uéé uéé uéé uéé, junto com os braçinhos... imitação completa), do chaves (piii pi pi pi pi pi pi pi pi pi), e do kiko (arrrrruuuuuuu).
-Vamos tesouro, não se misure com essa gentalha!
-Gentalha, gentalha! Prffuuu!
Eu achava que Popeye, Luluzinha, Alice e Pinocchio existiam mesmo.
Na minha concepção de mundo, criança só é criança se um dia ficou dentro do carro contando os postes lá fora, a tinta no asfalto ou fazendo caretas pelo vidro para os motoristas do carro de trás.
Eu me divertia muito fazendo isso!
Eu adorava me meter na cozinha, inventando receitas.
Uma vez, resolvi que faria um bolo, coisa de cinema! O bolo, claro, não prestou!
Solução criada? ENTERRAR! Enterrei o bolo no quintal.
Depois a preocupação foi apenas uma: se nascer um pé de bolo minha mãe vai descobrir e eu estarei frita!!!
Imaginação, eis o diferencial.
7.6.05
Usar filtro solar e sair por aí em dias ensolarados, aproveitar e comprar um biquíni novo.
Descobrir mil e uma formas de acabar com aquela olheira chata.
Comprar saias e blusas. Arrumar o quarto.
Tirar as cervejas [vazias] que estão em cima da geladeira.
Ler O mundo de Sofia novamente e depois de novo e de novo e sempre!
Dar escândalos, chutes, chorar e quebrar garrafas para ameaçar.
Enfiar a cabeça de baixo da água fria da pia.
(quando eu aprender a fazer isso, provavelmente emagrecerei tudo que preciso)
Odeio as academias! Porque juntar um monte de gente para levantar peso e compartilhar suor?
O mundo que se exploda!!!
Descobrir mil e uma formas de acabar com aquela olheira chata.
Comprar saias e blusas. Arrumar o quarto.
Tirar as cervejas [vazias] que estão em cima da geladeira.
Ler O mundo de Sofia novamente e depois de novo e de novo e sempre!
Dar escândalos, chutes, chorar e quebrar garrafas para ameaçar.
Enfiar a cabeça de baixo da água fria da pia.
(quando eu aprender a fazer isso, provavelmente emagrecerei tudo que preciso)
Odeio as academias! Porque juntar um monte de gente para levantar peso e compartilhar suor?
O mundo que se exploda!!!
5.6.05

Minha avó ainda acha que eu vou casar na igreja. Meu pai pensa que eu não como nada o dia inteiro. Minha tia acha que eu tô sumida. Eu ganhei um hamster e perdi, no outro dia. Eu continuo surtando umas 10 vezes por dia. Não consigo fazer minhas refeições na hora certa. Minhas costas doem por causa de tensão. Eu não consigo dormir com roupa.
Eu não sei até quando as pessoas vão procurar entender esse meu dualismo.
Eu não bebo muita água por dia.
Eu xingo e dou dedo no trânsito.
Eu tô gorda!!!
Eu choro fácil. Eu tremo de raiva.
Eu sou outra quando esses malditos hormônios tomam conta de mim!
E não se pode entender, qualquer coisa me quebra em mil pedaços, um caminho sem volta.
Num dia gosto, noutro eu não gosto.

31.5.05
Silêncio...

Eu vou ler o amor no meu tempo.
Vou misturar-me a gosmas melequentas e juntar-me a você num rio cheio de cobras venenosas e escrever prosas enquanto ouvimos Tori Amos e brindamos com aquela cerveja bizarra e está tudo bem. Pra caralho.
Comemorar o ano novo feito retardada pulando ondinhas e comendo lentilhas velhas. Calçinhas novas e coloridas. Então resolvem soltar fogos e todos olham para o céu rindo daquela palhaçada.
E no nosso lugar tudo anda tão silencioso que os idiotas ousam dizer que é mórbido.
Cuida-se.
Um beijo.
Seja feliz.
Até algum dia... Tudo acompanhado de uma grande risada denunciando a falsa separação.
Trivialidades não existem. Apenas a dor. Algum sentido.
Às vezes o silêncio é barulhento. Onde tanto foi dito e tanto existe ainda por dizer...
E que as ausências se prolonguem.

31.3.05

Se eu não tenho ousadia, sou covarde.
Se assumir que tenho medo, sou sincera, mas covarde.
Se eu sinto angústia, sou de alguma forma, aflita.
Se for ousada, 'escondo' minha angústia.
Sinceridade ou covardia?
A angústia é digna diante de um ato de coragem?
Fazer e dizer são verbos. Indicam ação.
Ação de quê, se nada domino?
Ação da dúvida.
Se tiver dúvida, sou covarde? Ou covardia é aflição?
Eu quero respostas!
Não existe uma diversidade de mundo, existem comportamentos regulados e respostas flexíveis. E tudo nos leva ao mesmo lugar desde o nascimento: lugar nenhum.
Essa maldita prepotência e arrogância que paira sobre tudo e todos, te incomoda?
Sefoderviu!

19.3.05
Se eu tivesse nascido 30 anos antes...
hoje provavelmente estaria morta, ou drogada, alcoólatra, presa numa camisa de força, num hospício.
Sim, eu sou louca. E minha loucura me incomoda.
Vejo aflições em todos os lugares e não consigo silenciar.
Sempre fui um risco a beira da morte. Fiz várias tentativas, todas em vão.
Hoje, acredito apenas em micro revoluções, nada mais.
Não nego a minha condição, essa sou eu, uma louca demoníaca, bêbada, mil vezes mais fecundante. Eu amo o caos, este mundo cheio de segredos, de vidas e vícios.
Um mundo onde amor e ódio caminham juntos, numa eterna dança cósmica.
Um mundo onde tudo é meio produzido, meio teatral, Global.
O que é e o que parece ser.
Quando me apago?
Sim, eu sou louca. E minha loucura me incomoda.
Vejo aflições em todos os lugares e não consigo silenciar.
Sempre fui um risco a beira da morte. Fiz várias tentativas, todas em vão.
Hoje, acredito apenas em micro revoluções, nada mais.
Não nego a minha condição, essa sou eu, uma louca demoníaca, bêbada, mil vezes mais fecundante. Eu amo o caos, este mundo cheio de segredos, de vidas e vícios.
Um mundo onde amor e ódio caminham juntos, numa eterna dança cósmica.
Um mundo onde tudo é meio produzido, meio teatral, Global.
O que é e o que parece ser.
Quando me apago?
14.3.05
Saber e ignorar.Partir e chegar. Ligar. Desligar.
Sou um dos vértices deste mundo, e consigo meu próprio equilíbrio.
Sei muito bem ocupar o meu lugar, e ele está marcado, está em toda parte.
Porque sou eu quem o faz, sou quem se preocupa com ele.
Ele é o reflexo da lua no mar, um mar de ondas incontáveis.
Um mar que perdoa, sim, a quem quer.
Há sempre uma verdade.
Um tempo. Um tempo remexido.
Um respirar.
Tudo num grande ritmo. Ao meu ritmo.
Existe todo um universo que não fala comigo. Uma imensidão de coisas caladas.
Isso me causa angústias, e eu fico só. Entro em transe, seduzida.
Finjo-me sombra.
Somente o silêncio.
De volta. Sempre de volta. É bom voltar.
Sou um dos vértices deste mundo, e consigo meu próprio equilíbrio.
Sei muito bem ocupar o meu lugar, e ele está marcado, está em toda parte.
Porque sou eu quem o faz, sou quem se preocupa com ele.
Ele é o reflexo da lua no mar, um mar de ondas incontáveis.
Um mar que perdoa, sim, a quem quer.
Há sempre uma verdade.
Um tempo. Um tempo remexido.
Um respirar.
Tudo num grande ritmo. Ao meu ritmo.
Existe todo um universo que não fala comigo. Uma imensidão de coisas caladas.
Isso me causa angústias, e eu fico só. Entro em transe, seduzida.
Finjo-me sombra.
Somente o silêncio.
De volta. Sempre de volta. É bom voltar.
27.2.05
Quando eu era criança...
...achava que a Xuxa podia me ver, e todo dia colocava a minha melhor roupinha, porque era como se estivesse lá com ela. Disse várias vezes a minha mãe que a Xuxa me conhecia, que éramos grandes amigas, mas ela nunca acreditou.
Adorava roer unhas, e minha mãe dizia que se continuasse, ía nascer um "Pé de unha" na minha barriga. Eu acreditei e até parei por um tempo. Depois eu pensei em roer nem que fosse um pouco, para que o "pé" não crescesse tanto.
Quando eu era pequena, ganhei umas sementes vermelhinhas, lindas. Uma amiga disse que a semente podia se transformar em uma nave, e eu faria uma grande viagem. Eu acreditei. Passei muitas tardes tentando descobrir o ritual certo para que a semente se transformasse na tal da nave.
Meu irmão achava que dinheiro em quantidade valia mais. Então, eu trocava minhas moedinhas que não valiam nada pelas notas dele, que valiam mais. hohoho!
Eu acreditava que se o vento fosse muito forte, era só me posicionar corretamente que eu voaria!
Acreditava que pular de guarda-chuva do alto, poderia flutuar no ar. Não foi bem o que aconteceu.
Meu pai tinha um quarto só de livros, e eu acreditava que algum livro alí seria a porta para uma passagem mágica secreta. Meu pai descobriu isso, mas, me disse que era uma passagem em que só ele podia entrar. Eu não podia, porque era pequena. E eu acreditei!!!
Minha mãe falava que eu tinha que comer verduras para ficar bonita e inteligente, e a burra aqui comia tudo!
Quando eu era criança, eu acreditava.
Adorava roer unhas, e minha mãe dizia que se continuasse, ía nascer um "Pé de unha" na minha barriga. Eu acreditei e até parei por um tempo. Depois eu pensei em roer nem que fosse um pouco, para que o "pé" não crescesse tanto.
Quando eu era pequena, ganhei umas sementes vermelhinhas, lindas. Uma amiga disse que a semente podia se transformar em uma nave, e eu faria uma grande viagem. Eu acreditei. Passei muitas tardes tentando descobrir o ritual certo para que a semente se transformasse na tal da nave.
Meu irmão achava que dinheiro em quantidade valia mais. Então, eu trocava minhas moedinhas que não valiam nada pelas notas dele, que valiam mais. hohoho!
Eu acreditava que se o vento fosse muito forte, era só me posicionar corretamente que eu voaria!
Acreditava que pular de guarda-chuva do alto, poderia flutuar no ar. Não foi bem o que aconteceu.
Meu pai tinha um quarto só de livros, e eu acreditava que algum livro alí seria a porta para uma passagem mágica secreta. Meu pai descobriu isso, mas, me disse que era uma passagem em que só ele podia entrar. Eu não podia, porque era pequena. E eu acreditei!!!
Minha mãe falava que eu tinha que comer verduras para ficar bonita e inteligente, e a burra aqui comia tudo!
Quando eu era criança, eu acreditava.
25.2.05
Sempre fiz o que quis. Falei o que quis.
Sonho com quem quero. Faço meus planos e cultivo minhas recordações.
Canso, porém me divirto. Sempre segurei as conseqüências do meu temperamento.
Meu espaço me serve muito bem.
Não perco a fé por constatar o óbvio: demais não é muito para mim.
É apenas a metade da história, e eu não faço a mínima idéia de como acaba.
Podia acabar agora. Não! Me gusta el drama...
Hoje é o meu dia, nenhum outro.
Continuo na minha ânsia do saber.
Às vezes eu bebo pouco, mas fico louca. Demais. Mais louca do que sou.
Sua vida quem faz é você. Nunca será demais.
Eu costumo não ter limites...
Sonho com quem quero. Faço meus planos e cultivo minhas recordações.
Canso, porém me divirto. Sempre segurei as conseqüências do meu temperamento.
Meu espaço me serve muito bem.
Não perco a fé por constatar o óbvio: demais não é muito para mim.
É apenas a metade da história, e eu não faço a mínima idéia de como acaba.
Podia acabar agora. Não! Me gusta el drama...
Hoje é o meu dia, nenhum outro.
Continuo na minha ânsia do saber.
Às vezes eu bebo pouco, mas fico louca. Demais. Mais louca do que sou.
Sua vida quem faz é você. Nunca será demais.
Eu costumo não ter limites...
12.1.05
Soube certa vez que a Barbie e o Ken se separaram. Isso me chocou bastante.
Em Caverna do Dragão, estavam todos mortos.
Todos os bonequinhos da Disney usavam luvas, porque?
Os sete anões trabalhavam o dia todo numa mina, voltavam para casa venerando a tal da Branca de Neve. O que tanto ela fazia por esses anões?
He-man. Tinha coisa mais gay do que aquele "Pelos poderes de GrAYscow?
Apenas uma mulher no meio de tantos Smurfs. -A Smurfette-. Eles viviam muito bem sem ela!
É o fim da inocência infantil...
Outro dia encontrei a Princesa Sara, sem o Cavalo de Fogo, meu herói!
Hoje em dia eu só quero saber do meu Nemo, ele sim me entende!
Em Caverna do Dragão, estavam todos mortos.
Todos os bonequinhos da Disney usavam luvas, porque?
Os sete anões trabalhavam o dia todo numa mina, voltavam para casa venerando a tal da Branca de Neve. O que tanto ela fazia por esses anões?
He-man. Tinha coisa mais gay do que aquele "Pelos poderes de GrAYscow?
Apenas uma mulher no meio de tantos Smurfs. -A Smurfette-. Eles viviam muito bem sem ela!
É o fim da inocência infantil...
Outro dia encontrei a Princesa Sara, sem o Cavalo de Fogo, meu herói!
Hoje em dia eu só quero saber do meu Nemo, ele sim me entende!
3.1.05
De manhã escureço.
Sou estrela, sou noite.
Sou assim tão confusa.
Sou feliz e sou nostálgica.
Sou cheia de contradições e controvérsias.
Sou carente de mim.
Eu sou geminiana, porra!
As vezes só queria ser uma folha com gosto de lágrimas.
Estou sempre a sorrir mas quase ninguém vê o lado escuro dos meus olhos. Minhas pupilas estão sempre dilatadas.
Odeio este mundinho e percebo que nunca estou realmente sozinha.
Coisas fogem do meu controle (e eu detesto isso!).
Quero ser a "bailarina" de Chico Buarque.
Sou assim, de olhos profundos sempre a sonhar.
Sou o caminho escolhido pela estrada mais estreita. A pergunta sem resposta.
Sou feita de momentos, de alma apaixonada.
Não resisto a uma emoção, a um olhar.
Mais coração que razão.
As coisas não fazem tanto sentido quando acendemos a luz.
Ilusório e falso!
Sou estrela, sou noite.
Sou assim tão confusa.
Sou feliz e sou nostálgica.
Sou cheia de contradições e controvérsias.
Sou carente de mim.
Eu sou geminiana, porra!
As vezes só queria ser uma folha com gosto de lágrimas.
Estou sempre a sorrir mas quase ninguém vê o lado escuro dos meus olhos. Minhas pupilas estão sempre dilatadas.
Odeio este mundinho e percebo que nunca estou realmente sozinha.
Coisas fogem do meu controle (e eu detesto isso!).
Quero ser a "bailarina" de Chico Buarque.
Sou assim, de olhos profundos sempre a sonhar.
Sou o caminho escolhido pela estrada mais estreita. A pergunta sem resposta.
Sou feita de momentos, de alma apaixonada.
Não resisto a uma emoção, a um olhar.
Mais coração que razão.
As coisas não fazem tanto sentido quando acendemos a luz.
Ilusório e falso!
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